Datas para Agendar:
Chanuká: 16 de dezembro de 2014
Cabalat Shabat em 20 de fevereiro de 2015
PARASHÁ DA SEMANA: Miketz / 5775
Danilo Waismann explicou que Iossef passou
a ser chamado de tzadik após resistir ao assédio da esposa de Potifar, o egípcio que o comprou como servo. Por
isso, foi jogado na prisão injustamente por doze anos. Aí ele conheceu o
copeiro e o padeiro do faraó, também encarcerados.
Foram presos pois o copeiro serviu uma taça
de vinho ao faraó com uma mosca, e o padeiro serviu pão com um palito no meio
da massa. Teoricamente o copeiro cometeu um erro maior, pois ele teria mais
controle para evitar o problema, apesar disso, ele foi poupado e o padeiro
morto.
Iossef conseguiu interpretar o sonho do copeiro,
porque uma ave não come alimentos que estejam na cabeça de uma
pessoa viva, por medo. Assim, se as aves estavam comendo o pão na cesta na
cabeça do padeiro, é porque ele estaria morto.
O midrash conta que o padeiro e o copeiro
se odiavam, e um colocou a mosca no copo do faraó, e o outro o palito na massa
do pão, como quem colocou a mosca - o ato mais grave - foi o padeiro, ele
recebeu a punição mais grave. Este é um exemplo de 'sinat hinam', de ódio
gratuito, relatado pela Torá.
O copeiro, ao se lembrar de Iossef depois
de sair da prisão, se referiu a ele como 'hebreu', o que é interpretado pela
tradição judaica como um exemplo de antissemitismo. O faraó, porém, reconheceu
que nas palavras de Iossef havia a presença de Deus. O midrash explica que o
faraó foi alertado de que os hebreus eram contra a escravidão. Então o faraó
tentou assimilar Iossef, mudou suas roupas, lhe deu uma esposa egípcia, e mudou
seu nome.
Apesar disso, concluiu Danilo Waismann, Menashe
e Efraim – filhos de Iossef -, se mantiveram fiéis a Deus no meio de uma
cultura idólatra. Mantiveram o mesmo nível de espiritualidade de seu pai,
apesar de serem de uma geração posterior; foram os únicos netos de Iaacov a
darem origem a duas tribos; e foram os primeiros irmãos da Torá a não terem
divergências e conflitos, a terem amor gratuito no lugar do ‘sinat hinam’.
Resumo do encontro do Grupo de Estudos da Parashá da Congregação Israelita Paulista de 25 de novembro de 2013.