domingo, 14 de dezembro de 2014

Próximo Cabalat Shabat em 30 de janeiro de 2015, às 19h15min!


Datas para Agendar:
Chanuká: 16 de dezembro de 2014
Cabalat Shabat em 20 de fevereiro de 2015




PARASHÁ DA SEMANA: Miketz / 5775

 

Danilo Waismann explicou que Iossef passou a ser chamado de tzadik após resistir ao assédio da esposa de Potifar, o egípcio que o comprou como servo. Por isso, foi jogado na prisão injustamente por doze anos. Aí ele conheceu o copeiro e o padeiro do faraó, também encarcerados.

Foram presos pois o copeiro serviu uma taça de vinho ao faraó com uma mosca, e o padeiro serviu pão com um palito no meio da massa. Teoricamente o copeiro cometeu um erro maior, pois ele teria mais controle para evitar o problema, apesar disso, ele foi poupado e o padeiro morto.

Iossef conseguiu interpretar o sonho do copeiro, porque uma ave não come alimentos que estejam na cabeça de uma pessoa viva, por medo. Assim, se as aves estavam comendo o pão na cesta na cabeça do padeiro, é porque ele estaria morto.

O midrash conta que o padeiro e o copeiro se odiavam, e um colocou a mosca no copo do faraó, e o outro o palito na massa do pão, como quem colocou a mosca - o ato mais grave - foi o padeiro, ele recebeu a punição mais grave. Este é um exemplo de 'sinat hinam', de ódio gratuito, relatado pela Torá.

O copeiro, ao se lembrar de Iossef depois de sair da prisão, se referiu a ele como 'hebreu', o que é interpretado pela tradição judaica como um exemplo de antissemitismo. O faraó, porém, reconheceu que nas palavras de Iossef havia a presença de Deus. O midrash explica que o faraó foi alertado de que os hebreus eram contra a escravidão. Então o faraó tentou assimilar Iossef, mudou suas roupas, lhe deu uma esposa egípcia, e mudou seu nome.

Apesar disso, concluiu Danilo Waismann, Menashe e Efraim – filhos de Iossef -, se mantiveram fiéis a Deus no meio de uma cultura idólatra. Mantiveram o mesmo nível de espiritualidade de seu pai, apesar de serem de uma geração posterior; foram os únicos netos de Iaacov a darem origem a duas tribos; e foram os primeiros irmãos da Torá a não terem divergências e conflitos, a terem amor gratuito no lugar do ‘sinat hinam’.

Resumo do encontro do Grupo de Estudos da Parashá da Congregação Israelita Paulista de 25 de novembro de 2013.